O artigo analisa as relações existentes entre igualdade/desigualdade como possibilidade política e afirmativa de se perceber as diferenças não como modos assimétricos de separação, mas como meios de promover democracia na educação escolar. A instituição educativa é um sistema social e exatamente por isso é repleto de pluralidades e desigualdades que, quando trabalhadas a partir da perspectiva do reconhecimento das diferenças como possíveis, deixam o lugar de ‘não iguais’ para ocuparem o lugar de ‘pertencimento’. Espera-se que o texto possa contribuir para o entendimento das práticas educacionais como ferramentas para a mediação entre os conhecimentos produzidos historicamente pela escola e a relação com as desigualdades encontradas no seu espaço educativo, promovendo visibilidade para as múltiplas relações existentes no cotidiano escolar especialmente, para o reconhecimento da cidadania.