Reorganização gerencialista da escola e trabalho docente

Educação: Teoria e Prática

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ISSN: 19818106
Editor Chefe: Maria Rosa Rodrigues Martins de Camargo e João Pedro Pezzato
Início Publicação: 31/07/1993
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

Reorganização gerencialista da escola e trabalho docente

Ano: 2011 | Volume: 21 | Número: 38
Autores: Álvaro Moreira Hypolito
Autor Correspondente: Álvaro Moreira Hypolito | [email protected]

Palavras-chave: Gerencialismo. Gestão Escolar. Currículo. Trabalho Docente.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo analisa formas gerencialistas de reorganização do Estado e suas
repercussões para a educação, em especial para a gestão, o currículo e o trabalho
docente. Como forma de organização da gestão pública, o gerencialismo segue
critérios da produtividade, orientação para o cliente, modelos descentralizados,
eficiência dos serviços, introdução de mecanismos de mercado na administração
pública e programas de responsabilização – accountability – e avaliação, além das
parcerias público-privado e do quase-mercado. A lógica neoliberal e gerencialista
interpela os sujeitos, as escolas, os professores e as professoras, no sentido de uma
subjetivação que conduz a comportamentos de aceitação e que são muito
produtivos para um desempenho das políticas educativas, no sentido de atender ao
modelo mercadológico e gerencial das políticas, tanto nos aspectos da gestão, do
currículo e das práticas escolares. É a performatividade operando cotidianamente
nas escolas, tanto para o currículo, para a gestão e para o trabalho docente. O texto
busca demonstrar que há repercussões sobre o processo de trabalho escolar e
docente, com profundas mudanças na gestão escolar, na organização do trabalho,
com significativos efeitos de precarização das condições de trabalho e de
intensificação. O controle e a regulação, com base nas parcerias público-privadas,
introduzem um volume de novos requisitos para o professorado, que passa a se
sentir responsabilizado e culpado pelo seu desempenho. O artigo conclui que muitos
indicadores mostram que essas soluções, extremamente onerosas para o Estado,
têm sido pouco efetivas para a melhoria da qualidade do ensino.