Temos como objeto de estudo a representação do silêncio em A utopia burocrática de Máximo Modesto, de DionÃsio Jacob, onde identificamos o silêncio como a voz dos que detêm o poder para dominar e coibir as culturas de massa, que obedecem à s regras impostas pela classe majoritária como legÃtimas, embora tentem esboçar resistência. Sob uma ótica interdisciplinar, empenhamo-nos numa pesquisa sociopolÃtica para constatarmos que a narrativa em questão denuncia irregularidades em instituições públicas do Brasil, mostrando apadrinhamento e corrupções e retratando o quadro polÃtico, em épocas de eleições, para denunciar que os candidatos a cargos eletivos, nesse perÃodo, utilizam-se de meios eleitoreiros para alcançarem o poder. Considerando-se aspectos sóciopolÃticos abordados, na obra, investigamos que, em A utopia burocrática de Máximo Modesto, o silêncio usado pela classe majoritária representa uma forma de controle sócio-repressivo.