Objetivo: Conhecer as representações sociais de enfermeiras acerca do cuidado que as mulheres usuárias de crack prestam ao recém-nascido no pós-parto. Metodologia: Pesquisa qualitativa cujo referencial teórico foi a Teoria das Representações Sociais. Participaram 14 enfermeiras atuantes na Maternidade e Centro Obstétrico de um hospital do sul do Brasil. Os dados foram coletados em 2018 por entrevistas semiestruturadas e submetidos ao Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: As representações sociais mostraram que a maioria tem dificuldade de desenvolver o apego com o bebê. Enquanto está na unidade seus cuidados são responsabilidade da equipe de enfermagem que tem preocupação/ medo em relação a algum acidente/ descuido com o mesmo por parte da mãe. O contexto de vida influenciará no cuidado com o bebê, mas elas sentem-se culpadas com o que possa acontecer devido ao uso do crack. Muitas negligenciam o cuidado e após o nascimento alguns recém-nascidos vão para adoção. Considerações Finais: Estas mulheres precisam ser acolhidas e acompanhadas durante a gestação e o pós-parto, recebendo atendimento psicológico e social, sendo encaminhadas para o planejamento familiar. É necessária a capacitação dos profissionais da saúde a fim de minimizar as dificuldades que estas possuem em cuidar o recém-nascido no seu pós-parto.
Objective: To know the social representations of nurses about the care that women who use crack provide the newborn in the postpartum period. Methodology: Qualitative research whose theoretical framework was the Theory of Social Representations. Participated 14 nurses who worked at the Maternity and Obstetric Center of a hospital in southern Brazil. Data were collected in the second half of 2018, through semi structured interviews and submitted to the Collective Subject Discourse. Results: The social representations are that most have difficulty developing attachment with the baby after delivery, but they are affectionate and intend to breastfeed. While the baby is in the unit, their care is the responsibility of the nursing staff who are concerned / afraid about an accident / carelessness with the mother. The woman's life context will influence her care for the baby, but they feel guilty about what may happen to them due to the use of crack. Many neglect caring for the child who, after birth, goes for adoption. Final Considerations: These women need to be welcomed and monitored during pregnancy and postpartum, receiving psychological and social care, being referred for family planning. It is necessary to train health professionals in order to minimize the difficulties they have in caring for the newborn in the postpartum period.