O presente texto é escrito por uma estudante residente do subprojeto de Língua Portuguesa, do Programa Residência Pedagógica (PRP), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Centro de Formação de Professores (CFP). Esta escrita parte de inquietações do sujeito mulher negra e professora em formação e como esse reconhecimento incide em seu fazer docente em construção, bem como da importância e necessidade de um ensino pautado na educação e relações étnico-raciais e no que preconiza a Lei 10.639/03. Além disso, destaca-se a formação de professores sob óticas que enfatizem as questões de raça/racismo na sociedade, sobretudo na escola, e a carência da contínua busca de professores em formação, e docentes já atuantes, por conhecimentos que os encaminhem para um fazer consciente e antirracista. É também pensando na escola, como um lugar que não se deve subsistir as máscaras de silenciamentos virtuais (Kilomba, 2019), que se afirma o dever do educador em estar atento a não reprodução de modelos excludentes dos sujeitos negros, instituindo-se, a partir disso, uma “pedagogia da implosão” (Pinheiro, 2023). Por fim, enfatiza-se a relevância de Programas como o PRP para a formação docente de qualidade.
This paper is written by a resident student of the Portuguese Language subproject of the Pedagogical Residency Program at the Federal University of Recôncavo da Bahia (UFRB), Teacher Training Center (CFP). This writing is based on the concerns of thesubject,black woman and teacher in training,and how this recognition affects her teaching in construction, as well as the importance and need for teaching based on education and ethnic-racial relations and what is recommended by Law 10.639/03. Furthermore, teacher training from perspectives that emphasize issues of race/racism in society, especially at school,and the need from teachers in training,and teachers already working,to continuously seek knowledge that will lead them to a conscious and anti-racist teaching practice. It is also with the school in mind,as a place where masks of virtual silencing should not persist (Kilomba, 2019), that we affirm the educator's duty to be attentive to not reproducing models that exclude black subjects, thus establishing a “pedagogy of implosion” (Pinheiro, 2023). Finally, the importance of programs like PRP for quality teacher training is emphasized.