RESISTIR AOS CONHECIMENTOS CRISTALIZADOS PARA PRODUZIR OUTRAMENTOS NO CURRÍCULO

Revista Espaço do Currículo

Endereço:
Via Expressa Padre Zé - S/N - Cidade Universitária
João Pessoa / PB
58900-000
Site: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec
Telefone: (83) 3043-3170
ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

RESISTIR AOS CONHECIMENTOS CRISTALIZADOS PARA PRODUZIR OUTRAMENTOS NO CURRÍCULO

Ano: 2020 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Danilo Araujo de Oliveira; Anderson Ferrari
Autor Correspondente: Danilo Araujo de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: currículo, resistência, outramento, homossexualidades.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste texto, inspirados na perspectiva pós-crítica de currículo e em autoras/es pós-estruturalistas, buscamos explorar o funcionamento do currículo do grupo LGBTQI+ Resistência pela democracia, organizado no Facebook. Considerando a trama discursiva desse currículo e suas relações de saber-poder em torno das homossexualidades, mostramos que há uma convocação para pensar de outra forma para se tornar um sujeito, outro de si mesmo. Mobilizamos os ditos curriculares para evidenciar que há um investimento no outramento, na insistênciado questionamento, sendo essa a dinâmica mais comum a esse currículo, ou seja, apostar muito mais nas perguntas que nas respostas, como uma forma de problematização, de levar os sujeitos a pensar e a agir de outra forma. Assim, o argumento principal desenvolvido no artigo é que as resistências, nesse currículo, acontecem quando se pode interpelar e mover o pensamento para conhecer de outra forma aquilo que já está posto, dado e na ordem do verdadeiro, o que, como efeito, possibilita o outramento. Dizemos então que nesse currículo não apenas se produz formas de conhecimento que implicam na demanda por um certo tipo de sujeito, mas, imediatamente, importa que esse sujeito esteja disposto a desconhecer.



Resumo Inglês:

In this text, inspired by the post-critical perspective of curriculum and post-structuralist authors, we seek to explore the functioning of the LGBTQI + Resistance for Democracy group curriculum, organized on Facebook. Considering the discursive plot of this curriculum and its relations of knowledge-power around homosexualities, we show that there is a call to think in another way to become a subject other than himself. We mobilize the curricular sayings to show that there is an investment in the othering, in the insistence of questioning, this being the most common dynamic in this curriculum, that is, betting much more on the questions than on the answers, as a form of problematization, of taking the subjects to think and act differently. Thus, the main argument developed in the article is that resistances, in this curriculum, happen when it is possible to question and move thought in order to know in a different way what is already put, given and in the order of the true, which asan effect enables the other.We say then that this curriculum not only produces forms of knowledge that imply the demand for a certain type of subject, but, immediately, it implies thatsubject is willing to ignore it.



Resumo Espanhol:

En este texto, inspirado en la perspectiva del currículum postcrítico y en los autores / autores postestructuralistas, buscamos explorar el funcionamiento del currículum grupal LGBTQI + Resistance for Democracy, organizado en Facebook. Teniendo en cuenta la trama discursiva de este plan de estudios y sus relaciones de poder de conocimiento en torno a las homosexualidades, mostramos que hay un llamado a pensar de manera diferente para convertirse en un sujeto, otro de sí mismo. Movilizamos los dichos curriculares para mostrar que hay una inversión en los demás, en la insistencia de cuestionar, siendo esta la dinámica más común de este plan de estudios, es decir, apostando mucho más por las preguntas que por las respuestas, como una forma de problematización, de llevar los temas a piensa y actúa de manera diferente. Por lo tanto, el argumento principal desarrollado en el artículo es que las resistencias, en este currículum, ocurren cuando es posible cuestionar y mover el pensamiento para saber de una manera diferente lo que ya está puesto, dado y en el orden de lo verdadero, lo que, como efecto, permite el otro. Decimos entonces que en este plan de estudios no solo se producen formas de conocimiento que implican la demanda de un cierto tipo de asignatura, sino que, de inmediato, es importante que esa asignatura esté dispuesta a ignorarlo.