Responsabilidade civil por dano da morte

Revista do CAAP

Endereço:
Avenida João Pinheiro, 100 - Faculdade de Direito da UFMG - Centro
Belo Horizonte / MG
30130180
Site: https://www.periodicos.ufmg.br/index.php/caap/index
Telefone: (31) 9834-5389
ISSN: 1415-0344 (ISSN); 2238-3840 (eISSN)
Editor Chefe: Otávio Morato de Andrade
Início Publicação: 25/02/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Multidisciplinar

Responsabilidade civil por dano da morte

Ano: 2021 | Volume: 26 | Número: 1
Autores: André Maciel Silva Ferreira
Autor Correspondente: André Maciel Silva Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: dano da morte; dano reflexo; Epicuro; Kierkegaard; tese da privação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A responsabilização civil pela morte da vítima, por meio de indenização a título de danos morais, é uma realidade no cenário jurídico brasileiro. Tal indenização pode assumir a forma de uma reparação civil pela própria perda da vida, devida em nome próprio ao falecido, e/ou pode significar uma compensação pecuniária aos familiares, pelos reflexos danosos da morte do ente querido. Embora certamente justa, é possível levantar alguns questionamentos que têm o objetivo de compreender os fundamentos teóricos que possam embasar tal pleito. Nesses termos, o presente artigo pretende investigar a adequação da categoria jurídica do dano da morte, em especial em sua configuração como dano reflexo, em vista das posições no debate filosófico que discutem a possibilidade de entender a morte como um dano. A hipótese que se defende, após abordar as ideias levantadas por Epicuro e pelos teóricos da tese da privação, é que apenas uma interpretação que assuma expressamente o caráter paradoxal da figura do dano da morte e privilegie uma determinada forma de se interpretar a tese epicurista, em detrimento da tese da privação, pode fornecer os subsídios necessários para que a juridicidade dessa figura de dano não seja negada por aportes de caráter filosófico.



Resumo Inglês:

The responsibility for tortious acts resulting      in      death,      via      monetary      compensation,  is  an  undeniable  facet  of  the  brazilian legal system. This compensation can be shaped as a reparation for the loss of life, due to the dead person’s own right, and/or it can  mean  reparation  for  the  loved  ones,  in  response  to  the  fact  that  they  lost  someone  they  cared  for.  Although  certainly  fair,  it’s  possible to raise a few questions regarding its theoretical  foundations.  The  focus  of  the  paper  is  to  understand  how  the  category  of  death-as-damages, through its formulation as an  instance  of  direct  and  indirect  damages,  can  be  viewed  as  adequate  in  light  of  the  philosophical debate regarding the badness of death. The hypothesis defended is that, after reviewing Epicurus’ account of death and the deprivation   account   as   it’s   response,   an   interpretation   that   expressly   admits   the   paradoxical  nature  of  death-as-damages  and  supports   a   certain   way   of   understanding   Epicurus     can     provide     the     necessary     implications  so  that  death-as-damages,  in  a  juridical    sense,    is    not    negated    by    its    philosophical contributions

 


Resumo Francês:

 

 


Resumo Alemão:

 

 


Resumo Italiano