Retenção escolar: crenças e práticas dos professores e a sua relação com as políticas educativas das escolas

Ensaio

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ISSN: 0104-4036
Editor Chefe: Fátima Cunha
Início Publicação: 01/10/1993
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciência da computação, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Engenharias

Retenção escolar: crenças e práticas dos professores e a sua relação com as políticas educativas das escolas

Ano: 2023 | Volume: 31 | Número: 121
Autores: N. N. SANTOS, V. MONTEIRO
Autor Correspondente: N. N. SANTOS | [email protected]

Palavras-chave: reprovação escolar, crenças, políticas educativas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Alguns autores sugerem que as altas taxas de retenção escolar observadas em alguns países se devem à crença nos benefícios desta prática. O presente estudo procurou compreender o efeito moderador que as políticas educativas das escolas sobre a retenção têm na relação entre crenças e práticas de retenção no 2º ano de escolaridade. Uma análise dos documentos orientadores de 66 escolas da Madeira, Portugal, identificou os critérios e requisitos exigidos para a decisão de retenção. Um questionário online recolheu as crenças e práticas de retenção de 300 professores desta Região. Uma análise de perfis latentes identificou cinco grupos de professores organizados num continuum que variava entre uma maior rejeição e uma maior certeza nos benefícios da retenção. Observou-se uma associação entre as crenças e as práticas dos professores apenas nas escolas que não tinham nem critérios nem requisitos definidos para a decisão de retenção. Os resultados sugerem que os professores precisam de informação que oriente a tomada de decisão e que proporcione maior coerência na atuação dos intervenientes.

 



Resumo Inglês:

Some authors suggest that the high grade retention rates observed in several countries are due to a generalized belief in the benefits of this practice. The present study sought to understand the moderating effect that schools’ educational policies on retention have on the relationship between second grade retention beliefs and practices. An analysis of the guiding documents of 66 schools in Madeira, Portugal, identified the criteria and requirements required for making a retention decision. An online questionnaire that collected the beliefs and retention practices of 300 teachers from this Region was used. A latent profile analysis identified five groups of teachers organized on a continuum from greater denial to greater confidence in the benefits of retention. There was an association between teachers’ beliefs and practices only in schools with no criteria or requirements for the retention decision. The results suggest that teachers need relevant information to guide their decisions and provide greater coherence in the actions of stakeholders.



Resumo Espanhol:

Algunos autores sugieren que las altas tasas de retención escolar observadas en algunos países se deben a la creencia en los beneficios de esta práctica. El presente estudio buscó comprender el efecto moderador que las políticas educativas de las escuelas sobre la retención tienen en la relación entre creencias y prácticas de retención en el 2º año de escolaridad. Un análisis de los documentos orientativos de 66 escuelas de Madeira, Portugal, identificó los criterios y requisitos exigidos para la decisión de retención. Un cuestionario online recogió las creencias y prácticas de retención de 300 profesores de esta Región. Un análisis de perfiles latentes identificó cinco grupos de profesores organizados en un continuo que variaba entre un mayor rechazo y una mayor certeza en los beneficios de la retención. Se observó una asociación entre las creencias y las prácticas de los profesores solo en las escuelas que no tenían ni criterios ni requisitos definidos para la decisión de retención. Los resultados sugieren que los profesores necesitan información que guíe la toma de decisiones y que proporcione mayor coherencia en la actuación de los intervinientes.