O presente texto, de cunho ensaístico, tem como objetivo propor reflexões sobre as experiências de movimento do corpo dos bebês em situações que envolvem riscos e os desafios éticos que compartilham os docentes em tal situação. Para essa escrita, utilizamos, como referencial teórico, os estudos sobre brincadeiras arriscadas, de Sandseter (2007) e Kleppe (2018); estudos sobre a criança e suas infâncias, de Sarmento (2004); e a ética do cuidado, a qual foi construída a partir da discussão do ato responsável de Bakthin (2010; 2011), entrelaçada ao conceito de gestão de risco de Christensen e Mikkelsen (2008) e Sandseter (2007). Em nossas análises, identificamos e interpretamos a diferença entre risco controlado e perigo. Argumentamos como os bebês vivenciam experiências arriscadas, ao mostrar o que os diferencia de outros grupos geracionais. Assim, concluímos que, para uma ética do cuidado sobre o tema abordado, exige-se do adulto uma gestão dos riscos compartilhada com as crianças e, principalmente, um conjunto de ações conscientes e planejadas, por parte dos docentes, enquanto um ato responsável do cuidado com o outro.
The present text, of an essayistic nature, aims to propose reflections on the experiences of babies’ body movement in situations that involve risks and the ethical challenges that teachers share in such a situation. For this writing, we used, as theoretical references, studies on risky play, by Sandseter (2007) and Kleppe (2018); studies on children and their childhoods, by Sarmento (2004); and the ethics of care, which was constructed from the discussion of the responsible act by Bakthin (2010; 2011), intertwined with the concept of risk management by Christensen and Mikkelsen (2008) and Sandseter (2007). In our analyzes, we identify and interpret the difference between controlled risk and danger. We argue how babies experience risky experiences, by showing what differentiates them from other generational groups. Thus, we conclude that for an ethics of care, on the topic addressed, adults are required to manage risks shared with children and, mainly, a set of conscious and planned actions are required from teachers, as a responsible act in caring for others.
El presente texto, de carácter ensayístico, tiene como objetivo proponer reflexiones sobre las experiencias del movimiento corporal de los bebés en situaciones que involucran riesgos y los desafíos éticos que los docentes comparten en tal situación. Para este escrito utilizamos, como referentes teóricos, estudios sobre juegos de riesgo, de Sandseter (2007) y Kleppe (2018); estudios sobre los niños y su infancia, de Sarmento (2004); y la ética del cuidado, que se construyó a partir de la discusión del acto responsable de Bakthin (2010; 2011) entrelazado con el concepto de gestión de riesgos de Christensen y Mikkelsen (2008) y Sandseter (2007). En nuestros análisis identificamos e interpretamos la diferencia entre riesgo controlado y peligro. Argumentamos cómo los bebés experimentan experiencias de riesgo, mostrando qué los diferencia de otros grupos generacionales. Así, concluimos que, para una ética del cuidado, en el tema abordado, se requiere que los adultos gestionen los riesgos compartidos con los niños y, principalmente, desde los docentes, se requiere un conjunto de acciones conscientes y planificadas como acto responsable en el cuidado de los demás.