Sentido e significado são coincidentes? Partindo da discussão em torno dessa pergunta e de alguns dados de uma pesquisa qualitativa, realizada com um grupo de alunos do nono ano do ensino fundamental de uma escola pública de Minas Gerais, os construtos sentido e significado, definidos à luz da Teoria da Atividade são discutidos no contexto da pesquisa. O objetivo é mostrar, partindo das respostas dos estudantes, obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas, uma não coincidência entre o significado social e o sentido que eles atribuem às suas participações nas tarefas matemáticas propostas pelo pesquisador, ao longo de um semestre letivo. Essa não coincidência, que costumamos compreender como uma ruptura na aula de Matemática, em nível micro, e na escola de modo geral, em nível macro, pode gerar uma atividade alienada. Os resultados mostram que o significado social da Matemática e da escola, de forma geral, não coincide com o sentido pessoal atribuído pelos estudantes a elas. Ao final, discutem-se algumas possibilidades para a práxis docente como auxiliares na tessitura de uma prática transformadora imbuída do desejo/dever de possibilitar aos estudantes atribuírem novos sentidos à escola.
Are senses and meanings coincidents? Starting from the discussion around this question and some data of a qualitative research, made with a group of ninth's grade student's of a public school of Minas Gerais, the constructs senses and meaning, defined about the aim of Activity Theory are discussed in the research context. The goal is to demonstrate, for the student's answers, obtained by semi structures interviews, a non-coincidence between the social mean and the sense of these participations in mathematics tasks proposed by the researcher, during one semester. This coincidence, that we understand as a break in math class in a micro level, and in the school in general in a macro level, can generate an alienated activity. The results show that the social mean of math and school, in general, doesn't match with the personal sense attributed by the students to them. In the end, some possibilities for teaching praxis as auxiliaries in the fabric of a transforming practice imbued with the desire/duty to enable students to attribute new senses to the school are discussed.