Ser menino negro: uma análise em livros de literatura infantil

Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade

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ISSN: 2358-0194
Editor Chefe: Emanuel do Rosário Santos Nonato
Início Publicação: 09/02/2021
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

Ser menino negro: uma análise em livros de literatura infantil

Ano: 2021 | Volume: 30 | Número: 62
Autores: SILVA, Tarcia Regina da. SANTOS, Ernani Martins dos.
Autor Correspondente: SILVA, Tarcia Regina da. | [email protected]

Palavras-chave: literatura infantil; relações étnico-raciais; masculinidade negra; Educação Infantil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem como foco a análise de livros de literatura infantil que têm como protagonistas meninos negros. Dessa maneira, analisamos os livros: O Menino Nito: Então, Homem Chora ou Não?, de Sonia Rosa (2002); Minha Mãe é Negra Sim, de Patricia Santana (2008); Minha Família é Colorida, de Georgina Martins (2005); Chico Juba, escrito por Gustavo Gaivota (2011); e Cabelo de Mola, de Alexsander Rezende (2012). Partimos do pressuposto que no campo das relações étnico-raciais há questões de gênero que precisam ser estudadas. Ser menino e negro é diferente de ser menina e negra. Assim, a partir do conceito de masculinidades negras buscamos retratar nas narrativas os elementos que fortalecem e desconstroem os estereótipos associados à identidade de meninos e negros, desde a infância. Os dados evidenciaram a importância de atentar para as construções discursivas que reforçam estereótipos, desde a infância, de meninos e negros como brutos, pouco inteligentes e servis, e, ainda, fortalecem o mito da democracia racial.



Resumo Inglês:

This paper focuses on the analysis of children’s literature books that have black boys as their protagonists. Thus, we analyzed the books: O Menino Nito: Então, Homem Chora ou Não? (The boy Nito: So, does a man cry or not?) by Sonia Rosa (2002); Minha Mãe é Negra Sim (My mother is black) by Patricia Santana (2008); Minha Família é Colorida (My family is colorfully) by Georgina Martins (2005); Chico Juba by Gustavo Gaivota (2011); and Cabelo de Mola (Spring Hair) by Alexsander Rezende (2012). We start from the assumption that in the field of ethno-racial relations there are gender issues that need to be studied. Being a boy and black is different from being a girl and black. Thus, based on the concept of black masculinities, we sought to portray in the narratives the elements that strengthen and deconstruct the stereotypes associated with the identity of boys and black men, since childhood. The data showed the importance of paying attention to the discursive constructions that reinforce stereotypes, from childhood, of boys and black men as brutes, not very intelligent, servile, and also strengthen the myth of racial democracy.



Resumo Espanhol:

Este artículo se centra en el análisis de libros de literatura infantil que tienen como protagonistas a niños negros. Así, analizamos los libros: O Menino Nito: Então, Homem Chora ou Não? (El niño Nito: Entonces, ¿un hombre llora o no?) de Sonia Rosa (2002); Minha Mãe é Negra Sim (Mi madre es negra) de Patricia Santana (2008); Minha Família é Colorida (Mi familia está escrita de manera colorida) escrito por Georgina Martins (2005); Chico Juba escrito por Gustavo Gaivota (2011); y Cabelo de Mola (Cabello con rizos) de Alexsander Rezende (2012). Partimos de la base de que en el ámbito de las relaciones étnico-raciales existen cuestiones de género que deben ser estudiadas. Ser un chico y negro es diferente a ser una chica y negra. Así, a partir del concepto de masculinidades negras se busca retratar en las narrativas los elementos que fortalecen y deconstruyen los estereotipos asociados a la identidad de los niños y de los negros, desde la infancia. Los datos mostraron la importancia de prestar atención a las construcciones discursivas que refuerzan los estereotipos, desde la infancia, de los niños y de los negros como brutos, poco inteligentes, serviles y también refuerzan el mito de la democracia racial.