SER UM PROFESSOR EXPERIENTE NÃO É SEMPRE UMA FELICIDADE: PERSPECTIVAS DE PROFESSORES SOBRE O ENVELHECIMENTO

Série-Estudos

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ISSN: 2318-1982
Editor Chefe: José Licínio Backes
Início Publicação: 12/06/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

SER UM PROFESSOR EXPERIENTE NÃO É SEMPRE UMA FELICIDADE: PERSPECTIVAS DE PROFESSORES SOBRE O ENVELHECIMENTO

Ano: 2020 | Volume: 25 | Número: 55
Autores: Kelly Alves, Amélia Lopes, Fernando Pereira
Autor Correspondente: Kelly Alves | [email protected]

Palavras-chave: professores; envelhecimento; trabalho docente.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O envelhecimento populacional – uma realidade do século XXI – atinge diversas esferas, nomeadamente as relações de trabalho. Em muitos países, a extensão da idade da aposentadoria ocasiona uma classe trabalhadora mais envelhecida, como é o caso dos professores. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo compreender o que é o envelhecer na docência para professores da Educação Básica. Teoricamente, o estudo é enquadrado por abordagens relativas às transformações ligadas à profissionalidade docente e ao envelhecimento na docência. Empiricamente, o estudo tem como base a análise de um conjunto de dados produzidos por meio de quatro grupos de discussão focalizada envolvendo professores da Pré-Escola ao Ensino Médio e com idades entre os 50 e os 63 anos. Foi realizada uma análise temática de conteúdo. Segundo os resultados, os participantes, em geral, enfatizam o envelhecimento como uma mais-valia, enquanto expressão de mais experiência e amadurecimento; simultaneamente, demonstram preocupação quanto à qualidade do trabalho que podem ou poderão vir a realizar devido a limites físicos e cognitivos que vivenciam, e também ao hiato geracional crescente entre eles e os alunos. As diferenças em função dos níveis de ensino parecem decorrer da profissionalidade específica a esses níveis. O trabalho colaborativo e o uso das TICs permitem gerir os efeitos negativos do envelhecimento e suprir dificuldades vividas.



Resumo Inglês:

Population aging − a 21st century reality − affects several social spheres, namely labor relations. The extension of the retirement age in several countries results in an older working class, as is the case among the teaching class. Thus, this article aims to understand what aging means to Basic Education teachers regarding their professional activity. Approaches concerning transformations related to teaching professionalism and aging in teaching are this study’s theoretical frame. Empirically, the study is based on the analysis of data produced through 4 focus groups composed of preschool, primary, and middle school teachers between 50 and 63 years of age. A content analysis was then conducted. Results found that, in general, beginners regard aging as an asset, as an expression of experience and maturity; at the same time, concerns are raised about the quality of the work that can be produced due to physical and cognitive limitations and to the growing generational gap between them and students. Differences found between teaching levels seem to stem from the specific professionalism to be applied at those levels. Collaborative work and the use of ICTs make it possible to manage the negative effects of aging and to overcome experienced difficulties.



Resumo Espanhol:

El envejecimiento poblacional − una realidad del siglo XXI − afecta diferentes esferas, como las relaciones de trabajo, por ejemplo. La extensión de la edad de jubilación en muchos países ocasiona una clase trabajadora más vieja, como es el caso de los profesores. Consciente de esto, el presente artículo busca comprender qué es el envejecimiento en la docencia para los profesores de la Educación Básica. El estudio se encuadra teóricamente con abordajes relativas a transformaciones conectadas a la profesionalidad docente y al envejecimiento en la docencia. Empíricamente, el estudio se basa en el análisis de un conjunto de datos producidos por 4 grupos de discusión focalizada compuestos por profesores desde el preescolar hasta la enseñanza media con edades entre los 50 y los 63 años. Fue posteriormente realizado un análisis de contenidos temático. Los resultados revelan que los participantes enfatizan, en general, el envejecimiento como un valor añadido, como expresión de experiencia y madurez; al mismo tiempo se preocupan con la calidad del trabajo que podrán realizar debido a limitaciones físicas y cognitivas que puedan experimentar y al creciente hiatus generacional entre ellos y los alumnos. Las diferencias encontradas en los diferentes niveles de enseñanza parecen ocurrir debido a la profesionalidad específica de esos niveles. El trabajo colaborativo y el uso de las TICs hacen posible administrar los efectos negativos del envejecimiento y superar las dificultades encontradas.