O texto assume a proposta da cartografia da periferia à esquerda
de Rizzi (1997) e de Benincà e Poletto (2004), na explicação do
fenômeno da ênclise em construções subordinadas no português
antigo. Procura mostrar que o esqueleto da periferia esquerda
permite compreender não só os casos de ênclise, como também
os de interpolação de constituintes entre o clÃtico e o verbo. Os
traços do núcleo FIN são relevantes para o movimento do verbo
para esta posição, por ser o protuguês arcaico um sistemaV2.
Neste sistema, a ênclise resultará sempre que V verifica seu traços
em FIN e não há na estrutura qualquer constituinte focalizado
ou tematizado que atraÃa o clÃtico para seu núcleo. Quando
a construção de recomplementação realiza os dois núcleos
funcionais Força e Fin com o morfema que, a ênclise nunca é
possÃvel. A interpolação resulta de uma projeção sincrética de
Força/Fin, ficando o clÃtico em CliticP, entre Fin e TP.
In this article we assume the proposal of Rizzi (1997), and also BenincÃ
and Poletto (2004), about the left periphery cartography, to explain the
enclisis’ fenomenon on subordinated structures in Old Portuguese. And we
try to show that the skeleton of the left periphery allows us to understand
not only the case of enclisis on subordinated structures, but also the
interpolation of constituents between the clitic and the verb. According
to our proposal the traces of FIN head are relevants to verb movement
to this position because Old Portuguese is a V2 sistem. In this sistem,
enclisis results whenever V checks its traces in FIN and there isn´t on
structure any constituent focused or themed that will attract the clitic to its
head. When the recomplementation’s construction realizes both functional
heads – FORCE and FIN – with ‘que’, enclisis is not possible. The
interpolation results of a syncretic projection of FORCE/FIN, with the
clÃtic in CliticP, between FIN e TP.