A sociedade do controle e o controle da violência escolar: uma crítica a partir da teoria do reconhecimento

Revista Brasileira de Ciências Criminais

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ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

A sociedade do controle e o controle da violência escolar: uma crítica a partir da teoria do reconhecimento

Ano: 2017 | Volume: 132 | Número: Especial
Autores: José Francisco Dias da Costa Lyra, Márcio Rogério de Oliveira Bressan
Autor Correspondente: José Francisco Dias da Costa Lyra | [email protected]

Palavras-chave: Violência escolar – Teoria do reconhecimento – Disciplina – Sociedade do controle.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo aborda, para além da arquitetura jurídica, as implicações sociológicas da violência escolar, assinalando que essa pode ser a forma de manifestações de ressentimentos e inconformidades de determinados alunos, os quais, em face do reconhecimento negado, extravasam, pela violência e pela agressão, na busca de visibilidade social, todo seu sofrimento. Dito de outro modo, a violência manifestada no ambiente escolar pode ser uma tradução de maus-tratos, negação de direitos ou, até mesmo, de uma degradação sofrida pelo aluno. Por isso, a escola, como estrutura fundamental à implantação da cidadania, em uma prática democrática, e não como mero instrumento de controle e vigilância, deve gerir o conflito intersubjetivo de forma não punitiva, a fim de não reproduzir a violência imperante na sociedade.



Resumo Inglês:

The paper discusses, in addition to the legal architecture, the sociological implications of school violence, noticing that this may be the form of resentment and conformity demonstrations of certain students who, in the face of denied recognition, spill, by violence and aggression, in the pursuit of social visibility, all your suffering. In other words, violence manifested in the school environment may be a translation of maltreatment, denial of rights or even a degradation suffered by the subject-student. Therefore, school as a fundamental framework to citizenship implementation, in a democratic practice and not as a mere instrument of control and surveillance, should manage the intersubjective conflict over a non-punitive way, in order to not reproduce the prevailing violence in society.