Este texto se dá como efeito da produção de uma tese, em uma tentativa de problematização dos modos de vivência da solidão preponderantes na contemporaneidade educacional, em meio ao que se configura como solidões pautadas nas noções de carência, de melancolia e de precariedade, conferindo um status negativo à solidão. A partir de intercessores como Deleuze, Guattari e Nietzsche, aponta outras formas de se considerar a solidão atrelada aos currículos, formas estas mais desprendidas da compreensão de ser humano como um sujeito enfraquecido. Aproxima a produção curricular a uma “[...] boa solidão, a solidão livre, a que vos permite seguir sendo bons em qualquer sentido” (NIETZSCHE, 2005, p. 35), cartografando os processos de produções curriculares intensificados pela potência da solidão como afirmação de uma vida inquietada e atravessada pelos devires que forçam o pensamento em busca da não subordinação. Busca, desta maneira, evidenciar as práticas de criação de espaços inéditos no campo do currículo, promovidos pela solidão em meio à lógica produtiva contemporânea, em seus múltiplos sentidos possíveis, nos encontros de uma educação cotidiana.
This text is the result of a thesis production, attempting to problematize the prevailing experiences of loneliness in contemporary education, characterized by notions of lack, melancholy, and precariousness, which confer a negative status to loneliness. Drawing on intercessors such as Deleuze, Guattari, and Nietzsche, it points to alternative ways of considering loneliness within curricula, detached from the understanding of the human being as a weakened subject. It brings curriculum production closer to a "good loneliness, free loneliness, which allows you to continue being good in any sense" (NIETZSCHE, 2005, p. 35), mapping the intensified processes of curriculum production fueled by the power of loneliness as an affirmation of a disrupted life shaped by becomings that compel thought in pursuit of non-subordination. It seeks to highlight the practices of creating unprecedented spaces in the field of curriculum, fostered by loneliness amidst contemporary productive logic in its multiple possible senses within the context of everyday education.
Este texto es el resultado de la producción de una tesis, en un intento de problematizar las formas predominantes de experimentar la soledad en la contemporaneidad educativa, en medio de lo que se configura como soledades basadas en nociones de carencia, melancolía y precariedad, otorgando un estatus negativo a la soledad. A partir de intercesores como Deleuze, Guattari y Nietzsche, señala otras formas de considerar la soledad vinculada a los currículos, formas que están desprendidas de la comprensión del ser humano como un sujeto debilitado. Acerca la producción curricular a una "buena soledad, una soledad libre, que permite seguir siendo bueno en cualquier sentido" (NIETZSCHE, 2005, p. 35), cartografiando los procesos de producción curricular intensificados por el poder de la soledad como afirmación de una vida inquieta y atravesada por los devenires que fuerzan el pensamiento en busca de la no subordinación. Busca evidenciar las prácticas de creación de espacios inéditos en el campo del currículo, promovidos por la soledad en medio de la lógica productiva contemporánea, en sus múltiples sentidos posibles, en los encuentros de una educación cotidiana.