O artigo explora os trânsitos institucionais que envolvem pessoas pobres, pretas e pardas que fazem uso de drogas, capturadas pelas redes do sistema médico-jurídico em São Paulo. A partir de uma análise etnográfica e documental de dois casos, são discutidos os mecanismos jurídico-burocráticos que articulam cuidado, controle e repressão, promovendo a circulação incessante desses indivíduos entre prisões, hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, comunidades terapêuticas e outros espaços. O texto destaca a centralidade da categoria do risco, mediadora dos saberes médico, jurídico e penal, na gestão dessas vidas. Mais do que uma reflexão terminada, o texto pretende propor questões sobre as dinâmicas jurídico-burocráticas que atravessam e condicionam certas formas de vida.
O artigo explora os trânsitos institucionais que envolvem pessoas pobres, pretas e pardas que fazem uso de drogas, capturadas pelas redes do sistema médico-jurídico em São Paulo. A partir de uma análise etnográfica e documental de dois casos, são discutidos os mecanismos jurídico-burocráticos que articulam cuidado, controle e repressão, promovendo a circulação incessante desses indivíduos entre prisões, hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico, comunidades terapêuticas e outros espaços. O texto destaca a centralidade da categoria do risco, mediadora dos saberes médico, jurídico e penal, na gestão dessas vidas. Mais do que uma reflexão terminada, o texto pretende propor questões sobre as dinâmicas jurídico-burocráticas que atravessam e condicionam certas formas de vida.