O presente artigo analisa os processos de valoração relacionados ao tecnobrega, considerando que a representação positivada dessa música ressalta a vocação progressista
do sistema de produção/circulação que aciona, mas ignora a sua natureza estética.
Isso porque a fruição dessa música esbarra nas hierarquias sociais do gosto, que se refletem, inclusive e de forma ambivalente, na crÃtica cultural. A hipótese defendida neste
artigo é a de que as representações do tecnobrega, legitimadoras ou desautorizantes,
são definidas em função do lugar de fala a partir do qual o observador se coloca.