TENSÃO ENTRE MEMÓRIA COLONIAL E A MEMÓRIA DECOLONIAL NA CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR: problematizando as heranças coloniais

Revista Espaço do Currículo

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

TENSÃO ENTRE MEMÓRIA COLONIAL E A MEMÓRIA DECOLONIAL NA CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO ESCOLAR: problematizando as heranças coloniais

Ano: 2023 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: J. F da. Silva, A. R. Santos
Autor Correspondente: J. F da. Silva | [email protected]

Palavras-chave: memória colonial, memória decolonial, currículo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este texto tem como base e coluna argumentativa a ruptura com as metanarrativas epistêmicas e políticas da história e da memória única e, por conseguinte, universal gerada na e pela modernidade-colonial-capitalista-patriarcal-racista, como também o rompimento com a ideia universal de ser humano, de humanidade e de sociedade, por consequência, de cultura, de educação e de currículo. Assim, objetivamos, com esse artigo, evidenciar que tal ruptura nos abre caminhos para questionar ideias hegemônicas como civilização, cultura, ciência, conhecimento e principalmente história e memória e suas relações com educação escolarizada e currículo. Seguimos pelo caminho da revisão bibliográfica, atrelado à pesquisa qualitativa, propomos um diálogo sobre estas rupturas, compreendendo-as como essenciais para a reconstrução-produção de currículos descoloniais. Apoiamo-nos nas Epistemologias do Sul, principalmente, nos Estudos Pós-coloniais e Decoloniais.  Nessa direção, entendemos que desvelar a Memória Colonial possibilitaria a construção da Memória Decolonial enquanto elemento fundante dos currículos e de sua materialização no chão da escola, contribuindo, assim, para o esfacelamento das heranças coloniais, ainda presentes nos currículos.



Resumo Inglês:

This article has as its argumentative column the rupture with the epistemic and political metanarratives of history and the unique and, therefore, universal memory generated in and by colonial-capitalist-patriarchal-racist modernity, as well as the rupture with the universal idea of being human, humanity and society, consequently, of culture, education and curriculum. Thus, with this article, we aim to show that such a rupture opens the way for us to question hegemonic ideas such as civilization, culture, science, knowledge and mainly history and memory and their relations with school education and curriculum. We follow the path of document analysis, linked to qualitative research, we propose a dialogue about these ruptures, understanding them as essential for the reconstruction-production of decolonial curricula. We rely on the Epistemologies of the South, mainly on Postcolonial and Decolonial Studies. The analysis of the productions of the group Studies Post-Decolonials and Theory of Complexity in Education led us to conclude that understanding the unveiling of Colonial Memory will allow the construction of Decolonial Memory as a founding element of curricula and its materialization on the school floor, thus contributing , for the shattering of colonial legacies, still present in curricula.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como columna argumentativa la ruptura con los metarrelatosepistémicos y políticos de la historia y la memoria única y, por tanto, universal generada en y por la modernidad colonial-capitalista-patriarcal-racista, así como la ruptura con la idea universal de el ser humano, la humanidad y la sociedad, en consecuencia, de la cultura, la educación y el currículum. Así, con este artículo pretendemos mostrar que tal ruptura nos abre el camino para cuestionar ideas hegemónicas como la civilización, la cultura, la ciencia, el conocimiento y principalmente la historia yla memoria y sus relaciones con la educación escolar y el currículo. Seguimos el camino del análisis documental, vinculado a la investigación cualitativa, proponemos un diálogo sobre estas rupturas, entendiéndolas como esenciales para la reconstrucción-producción de currículos decoloniales. Nos apoyamos en las Epistemologías del Sur, principalmente en los Estudios Postcoloniales y Decoloniales. El análisis de las producciones del grupo Estudios Post-Decoloniales y Teoría de la Complejidad en Educación nos llevó a concluir que comprender el desvelamiento de la Memoria Colonial permitirá la construcción de la Memoria Decolonial como elemento fundante de los currículos y su materialización en el suelo escolar, contribuyendo así, para el desmoronamiento de los legados coloniales, aún presentes en los planes de estudio.