Amante das letras e das artes, o professor e escritor Diogo Madeira experimenta diferentes linguagens em uma diversificada obra que entrelaça a escrita de contos, a poesia e as histórias em quadrinhos. É marcante em sua personalidade a fluência em diferentes línguas e linguagens. No caso de suas tirinhas, são feitas em Língua Portuguesa. Ele mesmo sempre diz: “apenas fui instruído a ler e a escrever, assim como qualquer pessoa”. Para ele, não há nenhuma inibição para o surdo aprender uma língua, desde que, é claro, suas particularidades linguísticas sejam respeitadas, uma vez que cada surdo abarca suas características linguísticas.No campo das HQs, o autor selecionou algumas de suas tirinhas para sua contribuição neste número da Revista Espaço, abarcando as séries “Olhares Surdos ignorados por Aristóteles” e “Vagões poéticos”. A pegada das tirinhas, destacando-se pelos textos, é autobiográfica, valendo-se desse gênero para a conquista de novos leitores surdos com identidades mais fluidas e ouvintes que sempre tiveram a curiosidade de conhecer a pluralidade da surdez. Suas múltiplas facetas são reveladas já em sua diversificada formação acadêmica. Diogo é graduado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Católica de Pelotas e também graduado em Letras/Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina. Especializou-se em Linguística e Ensi-no de Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), sendo mestre em Memória Social e Patrimônio Cultural pela Universidade Federal de Pelotas (2015) e doutorando em Letras - História da Literatura na FURG. Atualmente é professor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IF-Sul). É autor de dois livros literários em caráter coletivo e está preparando um livro de contos, dessa vez solo.