Trabalhadoras negras e o letramento racial crítico na universidade: um olhar a partir da UFMG

Revista Docência do Ensino Superior

Endereço:
Avenida Presidente Antônio Carlos, 6627, Prédio da Biblioteca Central, 1º Andar (entrada lateral) - Campus Pampulha
Belo Horizonte / MG
31270901
Site: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/index
Telefone: (31) 3409-6451
ISSN: 22375864
Editor Chefe: Zulmira Medeiros
Início Publicação: 30/09/2011
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Agrárias, Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Trabalhadoras negras e o letramento racial crítico na universidade: um olhar a partir da UFMG

Ano: 2022 | Volume: 12 | Número: Não se aplica
Autores: Cristina Aparecida Pimenta dos Santos Ângelo, Luciana Gomes da Luz Silva, Dyego de Oliveira Arruda
Autor Correspondente: Cristina Aparecida Pimenta dos Santos Ângelo | [email protected]

Palavras-chave: letramento racial crítico, mulheres negras, escrevivência, antirracismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo objetiva analisar práticas de letramento racial crítico que emergem da atuação de trabalhadoras negras da carreira de Técnico-Administrativo em Educação (TAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em termos metodológicos, a pesquisa foi estruturada a partir das escrevivências de cinco trabalhadoras negras da carreira TAE da UFMG que foram entrevistadas ao longo do ano de 2021. Além disso, essas escrevivências, em termos metodológicos, foram cotejadas com as experiências das coautorasdeste artigo, também mulheres negras e trabalhadoras da carreira TAE. Em suma, foi possível perceber, ao longo da pesquisa, que há um repertório vasto de práticas pedagógicas e políticas que emergem das trabalhadoras TAEs negras na UFMG e configuram iniciativas de letramento racial crítico. Essas ações, além de tensionarem a lógica do racismo e da colonialidade, também estimulam outros grupos socialmente invisibilizados a se organizarem, (re)existirem e lutarem por reconhecimento nos vários espaços da vida social.



Resumo Inglês:

This article aims to analyze critical race literacy practices that emerge from the performance of black female workers in the Administrative Technician in Education (ATE) career at the Federal University of Minas Gerais (UFMG). In methodological terms, the research was structured from the "escrevivências" of five black female workers from the ATE career at UFMG who were interviewed throughout the year 2021. In addition, these "escrevivências", in methodological terms, were compared with the experiences of the co-authorsof this article, also black women and ATE career workers. In summary, we noted, throughout the research, that there is a vast repertoire of pedagogical and political practices that emerge from black female ATE workers at UFMG and configure critical race literacy initiatives. These actions, in addition to fighting the logic of racism and coloniality, also encourage other socially invisible groups to organize, (re)exist and fight for recognition in the various spaces of social life.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo analizar prácticas de letramiento racial crítico que emergen del desempeño de trabajadoras negras en la carrera de Técnico Administrativo en Educación (TAE) de la Universidad Federal de Minas Gerais (UFMG). En términos metodológicos, la investigación se estructuró a partir de las "escrevivências" de cinco trabajadoras negras de la carrera de TAE de la UFMG que fueron entrevistadas a lo largo del año 2021. Además, estas "escrevivências" fueron contrastadas con las experiencias de las coautorasde este artículo, también mujeres negras y trabajadoras de la carrera TAE. En suma, fue posible percibir, a lo largo de la investigación, que existe un vasto repertorio de prácticas pedagógicas y políticas que emergen de las trabajadoras negras TAE de la UFMG y configuran iniciativas de letramiento racial crítico. Estas acciones, además de combatir la lógica del racismo y la colonialidad, también alientan otros grupos socialmente invisibilizados a organizarse, (re)existir y luchar por reconocimiento en los diversos espacios de la vida social.