Tradução e Transculturação: A Teoria Monstruosa de Haroldo de Campos

Cadernos de Tradução

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ISSN: 21757968
Editor Chefe: Andréia Guerini
Início Publicação: 31/08/1996
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras

Tradução e Transculturação: A Teoria Monstruosa de Haroldo de Campos

Ano: 1998 | Volume: 1 | Número: 3
Autores: Célia Magalhães
Autor Correspondente: Célia Magalhães | [email protected]

Palavras-chave: Tradução, Transculturação, Haroldo de Campos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste trabalho, reflito sobre o discurso de Haroldo de Campos sobre a tradução para questionar os críticos que analisam a teoria de tradução do autor como derivada das teorias pós-moderna e póscolonial, tendo como ponto comum com outros desdobramentos da teoria de tradução a rejeição à hierarquia de poder que privilegia o texto original e relega o tradutor à condição de invisibilidade. Em primeiro lugar, parto da definição, de Norman Fairclough, de discurso como “prática de significação de um domínio do conhecimento ou experiência a partir de uma perspectiva particular”1 para denominar os ensaios, prefácios e pósfacios de Haroldo de Campos sobre seu projeto e prática tradutórios de discurso sobre a tradução. Além disso, como vou denominar a teoria de tradução transcultural do autor de “monstruosa”, é preciso definir duas noções: a noção de monstro e da monstruosidade como construção discursiva, representando determinados valores culturais.