O artigo discute os traçados histórico-conceituais que fizeram emergir os projetos editoriais das coleções literárias, principalmente as que definimos como seriadas e temáticas. Para tal, após traçarmos as trajetórias de campo desses dois formatos, na sequência das discussões levaremos ambos ao confronto, para assim avaliarmos suas afinidades e discrepâncias. Vemos que as coletâneas estipulam um campo discursivo, cujos editores selecionam e hierarquizam em volumes aquelas obras que consideram legÃtimas representantes de uma totalidade temática a ser lida. Defendendo o conceito de fragmentação como a caracterÃstica definidora das coleções, cremos que uma crÃtica literária, centrada na análise das obras lançadas em volumes, deverá levar em conta os dispositivos editoriais que constituem uma “estética da interrupçãoâ€.