O presente artigo é resultado de um estudo de mestrado que investigou a representação de triângulos em cinco volumes de 22 coleções de livros didáticos dos anos iniciais do ensino fundamental. O foco do artigo são os volumes destinados ao perÃodo de alfabetização matemática, que coincide com os livros didáticos voltados para o 1º, 2º e 3º anos iniciais. Os livros analisados fazem parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2013. Para análise foram estabelecidos os seguintes critérios: comprimento dos lados, medida dos ângulos e a posição dos lados na página. Além disso, foram identificadas as atividades de conversão de registros envolvendo triângulos representados em registro figural e no registro em lÃngua natural. Para o estudo, recorremos a Teria das Representações Semióticas de Raymond Duval. Os resultados indicam que há poucas atividades de conversão de registros com triângulos e pouca variedade de representações de triângulos. Tendo o livro didático como um elemento condicionante à prática de ensino do professor, a falta de variabilidade de representações de triângulo, em especial no ciclo de alfabetização matemática, pode levar a uma compreensão monoregistro, ou seja, o
aluno reconhece o triângulo apenas em determinada representação e não em diferentes registros de representação.