Neste artigo investigamos como alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental lidam com a formulação, uso e validação de modelos matemáticos. Para isso, pautamo-nos em observações do filósofo Ludwig Wittgenstein, especialmente no que se refere aos ‘jogos de linguagem’, levando em conta não só os signos e as palavras, mas também a(s) ‘forma(s) de vida’ engajada(s) em uma determinada atividade. Neste contexto, recorremos às suas considerações decorrentes da fase pós ‘virada linguística’ e analisamos atividades de modelagem desenvolvidas por alunos de um 4º ano do Ensino Fundamental. As análises, de cunho qualitativo interpretativo, foram realizadas sobre as falas, gestos e registros produzidos pelos alunos e indicam que, nos anos iniciais, os alunos têm procedimentos específicos para obter e validar modelos matemáticos, sendo a linguagem natural, os números, os desenhos, registros frequentemente utilizados na produção de seus modelos matemáticos.
In this article, we investigate how students in the early years of Elementary School deal with the formulation, use and validation of mathematical models. For this, we are guided by philosophical observations of philosopher Ludwig Wittgenstein, especially with respect to ‘language games’, taking into account not only the signs and words, but also the ‘form(s) of life’ engaged in a particular activity. In this context, we turn to his considerations arising from the 'linguistic turn' post phase, analyzing the modeling activities developed by students of the 4th year of Elementary School. The analysis of qualitative interpretative nature was held on the speeches, gestures and records produced by the students and indicate that, in the early years, students have specific procedures to obtain and validate mathematical models, having natural language, numbers, drawings and records frequently used in the production of their mathematical models.