O presente trabalho pretende abordar as influências positivistas na criminologia brasileira, a partir das traduções do pensamento criminológico em regiões diversas à região marginal. Em um primeiro momento, serão debatidas as importações intelectuais sobre a questão criminal, a fim de demonstrar as consequências que construíram o cenário punitivo brasileiro, principalmente como permanência da dominação do negro, perpetrada a partir da abolição da escravatura com o aval da cientificidade. Em um segundo momento, far-se-á uma aproximação do que vem a ser criminologia crítica brasileira, com o objetivo de demonstrar que não basta o rompimento do paradigma com os pensamentos criminológicos quanto ao seu objeto de estudo, pois há de ser enfrentada a realidade onde se coloca a questão criminal. Assim, possibilitará uma criminologia eminentemente brasileira, a qual é identificada a partir de sua matriz racista. Portanto, é imprescindível que se reconheça essas premissas para que não se recaia, novamente, na dependência intelectual que poderá, em certa medida, negar os efeitos reais do poder punitivo na região periférica.
El presente trabajo pretende abordar las influencias positivistas en la criminología brasileña, a partir de las traducciones del pensamiento criminológico en regiones diversas a la región marginal. En un primero momento se debaterán las importaciones intelectuales sobre la questión criminal, con el fin de demonstrar las consecuencias que construyeron el escenario punitivo brasileño, principalmente como permanencia de la dominación del negro, perpetrada a partir de la abolinión de la esclavatud con el aval de la cientificidad. En un segundo momento, se hará una aproximación de lo que viene a ser criminología crítica brasileña, con el objetivo de demonstrar que no basta la ruptura del paradigma con los pensamientos criminológicos en cuanto a su objeto de estudio, porque hay que afrontar la realidad donde plante ala cuestión criminal. Así, posibilitará una criminología eminentemente brasileña, la cual es identificada a partir de su matriz racista. Por lo tanto, es imprescindible que se reconozca estas premisas para que no se reanude, de nuevo, en la dependencia intelectual que podrá, en cierta medida, negar los efectos reales del poder punitivo en la región periférica.