Este é um exercício de linguagem que se constitui como um movimento transversal à Educação Matemática e à História Oral. Abordam-se temas como “verdade”, “vontade de poder”, “vontade de saber”, argumentando pela impossibilidade de uma teoria sozinha, qualquer que seja ela, dar conta de explicar ou apontar verdades históricas encadeadas. Pretende-se a desconcertação do discurso histórico. Algumas noções deleuzianas são mobilizadas, de modo que a ideia de História toma a forma de uma História Oral nômade, sem fronteiras ou margens. Isso se dá contra certa ciência considerada régia, estatal, oficial e verdadeira. A partir das noções de rizomas e máquina de guerra nômades, discute-se a noção de acontecimento e acontecimento histórico. Citando e analisando, por dentro, nas vísceras, olhando entranhas nuas e sangrentas das várias teorias, este artigo foi tecido como uma crítica à sociedade que inventou “origens” para tudo, obrigando a história dos homens ao longo exercício metafísico de negar sempre as evidências humanas, emotivas e sensuais.
This is an exercise in language constituted as a lateral movement of mathematical education and oral history. It approaches topics such as "truth," "the will to power”, "the will to knowledge", arguing about the impossibility of a theory, whatever it may be, to suffice in explaining historical truths. Some Deleuzian notions are mobilized, in such a way that the idea of history takes the form of nomadic oral history, without borders or margins. This happens against a certain science deemed as regal, statal, official and true. Starting from the notions of rhizomes and nomadic war machine, the notions of event and historical event are discussed. Citing and analyzing, from the inside, looking into the naked and bloody guts of the diverse theories, this article was meant to criticize the society that invented the "origins" for everything, compelling the history of men throughout the metaphysical exercise in always denying the human, emotional and sensual evidences.
