Nesse trabalho procuramos responder a dois porquês matemáticos sobre Poliedros Regulares ‒ Por que são assim chamados e qual a razão de serem apenas cinco os poliedros regulares? ‒ presentes no artigo Por quês matemáticos na Revista do Professor de Matemática a partir de um resgaste histórico sobre esse tema. Para tanto foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, do tipo bibliográfica, buscando-se argumentos históricos na literatura suficientes para o entendimento desses questionamentos. Fez-se necessário compreender e definir os poliedros, bem como, apresentar seu percurso histórico de desenvolvimento, destacando-se a Grécia – com Pitágoras (569 a.C. ‒ 475 a. C.) e a Escola Pitagórica; Teeteto (417 a. C. ‒ 369 a.C), Platão (427 a.C. ‒ 347 a.C.) e Euclides (325 a. C. ‒ 265 a. C); e a Idade Moderna com visão de Euler (1707 ‒ 1783) sobre os Poliedros Platônicos. Foi elucidado, numa explicação etimológica, que os Poliedros Regulares são chamados assim devido a regularidade dos polígonos que os compõem e também são chamados de Poliedros Platônicos. Pudemos observar ainda que, por mais que sejam relacionados a Platão e à sua forma mística, foram os pitagóricos que iniciaram os estudos sobre eles. Notamos também, com o auxílio da História da Matemática, que a explicação de serem apenas cinco é apresentada sob um viés geométrico, de Euclides, e um místico de Platão, ao relacioná-los com os elementos da natureza: fogo, terra, água, ar e universo. Compreendemos, então, que muitos dos questionamentos atuais podem ser elucidados pela História da Matemática.