Uma política de esquecimento? Invisibilidade das marcas da ditadura civil-militar em Curitiba
Revista Nupem
Uma política de esquecimento? Invisibilidade das marcas da ditadura civil-militar em Curitiba
Autor Correspondente: Frank Mezzomo | [email protected]
Palavras-chave: Ditadura, memória, repressão, esquecimento
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Este artigo analisa alguns locais utilizados pela repressão em Curitiba durante a ditadura civil-militar (1964-1985) e o processo de descaracterização pelo qual passa-ram após o final do regime, discutindo uma possível política de ocultação das marcas da ditadura na paisagem urbana. Para tanto, foram analisados testemunhos de ex-presos políticos, assim como o relatório da Comissão Estadual da Verdade Tereza Urban (CEV/PR, 2017a, 2017b), na tentativa de compreender os diferentes tipos de esquecimento que foram implantados pelo Estado e suas motivações. Por fim, verificou-se que sistemáticamente as marcas do período foram sendo apagadas, esquecidas e silenciadas, seja por intervenção do tempo ou por descaso do poder público.
Resumo Inglês:
This article analyzes some places used by the repression in Curitiba during the civil-military dictatorship (1964-1985) and the mischaracterization process which they have been through after the end of the regime, discussing a possible policy of concealment of the marks of the dictatorship in the urban landscape. For that, oral reports of ex-political prisoners, as well as the report of the Tereza Urban State Board of Truth (CEV/PR, 2017a, 2017b), were analyzed, in an attempt to understand the different types of oblivion implemented by the State and its motivations. Finally, it was verified that the marks of the period were being systematically erased, forgotten and silenced, either by the intervention of time or by the negligence of public authority.
Resumo Espanhol:
En este artículo se analizan algunos lugares utilizados por la represión en Curitiba durante la dictadura cívico-militar (1964-1985) y el proceso de descaracterización por el que pasaron tras el fin del régimen, discutiendo una posible política de ocultación de las huellas de la dictadura en el país en su paisaje urbano. Para ello, se analizaron los testimonios de ex-prisioneros políticos, así como el informe de la Comisión Estatal de la Verdad Tereza Urban (CEV/PR, 2017a, 2017b), en un intento de comprender los diferentes tipos de olvidos que implementó el Estado y sus motivaciones. Finalmente, se comprobó que las huellas de la época estaban siendo sistemáticamente borradas, olvidadas y silenciadas, ya sea por la intervención del tiempo o por la negligencia del poder público.