Este artigo apresenta uma experiência vivenciada no Atendimento Educacional Especializado de uma escola estadual da cidade de Ilhéus-Bahia, após o processo de produção dos dados de uma tese de doutorado. O objetivo era proporcionar uma devolutiva à escola sobre os resultados dessa pesquisa. Assim, desenvolvemos uma curta intervenção de ensino denominada de “Oficina de Matemática: aprender divisão”, para trabalhar as ideias básicas da divisão, apresentando uma revisão do sistema de numeração decimal, algoritmo e situações-problema (partilha equitativa, quota, comparação multiplicativa e combinatória). Para tanto, elaboramos um caderno de exercícios e uma videoaula em Libras que envolveu: a escolha das situações, das imagens ilustrativas e interpretação da Língua Portuguesa - Libras. Participaram da oficina 12 jovens surdos, matriculados no Ensino Básico (6º ano do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio) e com idades de 11 a 24 anos; incluindo, nessa amostra, todos os participantes da pesquisa citada. A videoaula foi utilizada no formato de videolição, auxiliando a professora pesquisadora e intérprete, conjuntamente, na apresentação dos conteúdos. A avaliação processual mostrou evolução no desempenho dos estudantes, principalmente, na motivação, já que o formato de aula estava considerando a sua experiência visual e a Libras, elementos de uma Pedagogia Surda.
This paper presents an experience lived in a Specialized Educational Service in a state school in the city of Ilhéus, Bahia, after the process of compiling the data of a doctoral thesis. The goal was to provide feedback to the school on the results of this research. Thus, it was developed a short teaching intervention called "Math Workshop: learning division," to work the basic ideas of the division, showing a review of the decimal numbering system, algorithm and problem situations (fair sharing, share, multiplicative comparison and combinatorics). Therefore, it was developed a workbook and a video lesson in LIBRAS which contained: the choice of situations, illustrative images and interpretation of Portuguese Language - Libras. The workshop was attended by 12 young deaf people enrolled at a Primary Educational level (from 6th grade to the 2nd year of high school) and aged between 11-24; including, in this sample, all participants mentioned in the research. The video class was used in a video lesson format, assisting the teacher and interpreter researcher, together, in the exposition of contents. The assessment showed improvement in the students' performance, mainly in motivation, as the class format was considering their visual experience and the sign language, elements of a Deaf Education.