Historicamente a relação social e humana com o meio ambiente sempre implicou em algum tipo de destruição e degradação. Com a constituição da sociedade industrial capitalista e seu desdobramento em sociedade de consumo de massa, esse avanço sobre os recursos naturais tem se dado de forma tão radical que ameaça a continuidade da vida e da biosfera como a conhecemos nos últimos milênios. O texto reflete sobre a relação entre a violência social e o meio ambiente a partir de um feixe de teorias e conceitos provenientes do cruzamento da questão ambiental, da teoria crÃtica, da teoria da complexidade, da teoria da sociedade de risco e de contribuições de filosofias tradicionais como o Budismo. Os conceitos considerados são os de sustentabilidade, de interdependência, de cidadania ambiental e de justiça socioambiental. Nesse sentido, procura investigar as raÃzes sociais e psicossociais da violência que condicionam as relações e instituições sócioâ€culturais, entre as quais figuram a própria ciência, como saber social hegemônico, e a educação; observar suas implicações sobr e a vida social e ambiental; e verificar a possÃvel contribuição da educação, em geral, e da educação ambiental como fo co curricular, em particular, para transformar ou reorientar essas forças e práticas associadas à violência para fins
mais pacÃficos e construtivos.