O artigo aborda o problema do analfabetismo no Brasil, procurando revelar
suas raÃzes históricas e sociais. Parte-se de uma análise dos dados que afasta a leitura
otimista baseada na queda gradativa dos Ãndices. Nem a queda pode ser considerada
significativa, quando se observam o número absoluto de analfabetos e as tendências da
série histórica dos dados, nem se pode atribuir essa redução aos resultados de polÃticas
públicas efetivas. Fazendo um estudo histórico, percebe-se que as relações econômicas,
polÃticas e sociais acabam por determinar as condições em que vai ocorrer a oferta de
escolarização, quem terá acesso a ela, qual será sua possibilidade de progresso, entre
outros aspectos. Ao mesmo tempo, as estruturas do ensino têm estado à mercê dessa
dinâmica econômico-social, deixando de buscar uma organização que ofereça
oportunidades reais de desenvolvimento a todos os alunos.
The article discusses the problem of illiteracy in Brazil, seeking to reveal
their historical and social roots. It starts from an analysis of the data that leaves an
optimistic reading on the gradual fall of the indices. Neither can the fall be considered
significant, when one observes the absolute number of illiterates and the trends of the
historical series of data, nor is possible attribute this reduction to the results of the
public policies. By making a historical study, one can see that economic, political and
social relations end up determining the conditions in which the supply of schooling will
take place, what persons will have access to it, what will be its possibility of progress,
among other aspects. At the same time, educational structures have been at the mercy of
the social and economic context, failing to seek an organization that could offers real
development opportunities to all students.
El artÃculo aborda el problema del analfabetismo en Brasil, buscando
revelar sus raÃces históricas y sociales. Se parte de un análisis de los datos que aleja la
lectura optimista basada en la caÃda gradual de los Ãndices. Ni la caÃda puede ser
considerada significativa, cuando se observan el número absoluto de analfabetos y las
tendencias de la serie histórica de los datos, ni se puede atribuir esa reducción a los
resultados de polÃticas públicas efectivas. Al realizar un estudio histórico, se percibe
que las relaciones económicas, polÃticas y sociales acaban por determinar las
condiciones en que va a ocurrir la oferta de escolarización, quién tendrá acceso a ella,
cuál será su posibilidad de progreso, entre otros aspectos. Al mismo tiempo, las
estructuras de la enseñanza han estado a merced de esa dinámica económico-social,
dejando de buscar una organización que ofrezca oportunidades reales de desarrollo a
todos los alumnos.