Abordamos neste artigo a inserção da LÃngua Estrangeira Moderna (inglês ou espanhol) no currÃculo da Escola IndÃgena Estadual Tapi’itãwa com o objetivo de refletir sobre as implicações dentro da escola e na comunidade com o ensino de uma terceira lÃngua. Para a pesquisa, de natureza qualitativa, utilizamos um roteiro de questões e filmagens com os interlocutores. Os estudos sociolinguÃsticos com enfoque no bilinguismo compõem o referencial teórico. As questões da pesquisa abrangem as concepções do povo Tapirapé sobre o que consideram lÃngua estrangeira; quais as lÃnguas estrangeiras usadas na comunidade Tapi’itãwa; como veem o ensino de uma outra lÃngua, além da lÃngua materna e portuguesa no currÃculo da escola. Os resultados mostram que a lÃngua tapirapé é a L1, a ser valorizada; a L2 é a lÃngua portuguesa, necessária para as interações com os não Ãndios. Uma LEM é vista como lÃngua estrangeira, sem uso comunicativo nas comunidades e um risco maior para a vitalidade da L1.