A Primeira Guerra Mundial e seus sistemas resultantes de Mandato e Tutela afetaram consideravelmente a missão alemã nos Camarões. Além de causar a expulsão vigorosa de missionários alemães dos Camarões, os britânicos e os franceses que a Liga das Nações e as Nações Unidas conferiram sucessivamente com poderes de administração nos quadros de Mandato e de Tutela adotaram políticas hostis às missões alemãs. Desde o início da guerra até a era pós-Segunda Guerra Mundial, a fundação das missões alemãs estava seriamente ameaçada. Este artigo analisa criticamente o tratamento das missões alemãs tanto nos Camarões Britânicos como Franceses durante os períodos de Mandato e Tutela, concentrando-se especialmente nas atitudes de ambos os poderes administradores em relação às missões em suas esferas de influência. O artigo estabelece que o tratamento dispensado pelos poderes administradores às missões alemãs, sustentado por exigências imperiais e nacionalistas, despertou a realização da agenda tripartite de implantação de igrejas autossustentáveis, autônomas e auto evangelizadoras. Assim, argumenta-se que a Primeira Guerra Mundial desencadeou o maltrato das missões alemãs, sendo algumas delas obrigadas a encerrar suas atividades, enquanto outras foram autorizadas a continuar seu trabalho missionário sob duras condições.
The First World War and its resultant Mandate and Trusteeship systems greatly affected the German mission enterprise in Cameroon. Apart from causing the forceful ousting of German missionaries from Cameroon, the British and the French whom the League of Nations and United Nations successively chose as administering powers within the Mandate and Trusteeship frameworks adopted hostile policies towards German missions. From the beginning of the war to the post-Second World War era, the foundation of German missions was seriously threatened. This paper critically examines the treatment of German missions in both British and French Cameroons during the Mandate and Trusteeship periods, focusing especially on the opposing attitudes of both administering powers towards the missions in their spheres of influence. The paper establishes that the administering powers’ treatment of German missions, which was underpinned by imperial and nationalist exigencies, roiled the attainment of the triple missionization agenda of planting self-supporting, self-governing and self-evangelizing churches. It thus argues that the First World War triggered the mistreatment of German missions, with some missions forced to terminate their activities while others were allowed to continue their mission work under difficult conditions.
