Aprender/ensinar filosofia em língua gestual portuguesa

Reflexão e Ação

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ISSN: 1982-9949
Editor Chefe: Cheron Zanini Moretti
Início Publicação: 31/10/1990
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

Aprender/ensinar filosofia em língua gestual portuguesa

Ano: 2015 | Volume: 23 | Número: 3
Autores: F. S. Correia, O. Coelho
Autor Correspondente: F. S. Correia | [email protected]

Palavras-chave: língua gestual portuguesa, filosofia, tradução

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Admitindo que “la philosophie trouve son élément dans la langue dite naturelle” (DERRIDA, 1988, p. 36) e defendendo uma visão linguístico-cultural da surdez, as aulas de Filosofia em contexto de surdez colocam problemas específicos. A tradução de conceitos filosóficos para língua gestual apresenta dificuldades particulares devido às caraterísticas das duas línguas (língua vocal e língua gestual/língua de sinais). Além disso, nem todos os conceitos filosóficos possuem gesto standard em língua gestual portuguesa. Dado o compromisso teórico e o imperativo legal (legislação portuguesa) de as aulas de Filosofia ocorrerem em língua gestual portuguesa, procurou-se perceber de que modo esta língua resolve o problema da ausência de gesto. Nesse sentido, solicitou-se a um grupo de docentes surdas/os de língua gestual portuguesa que explicassem textos filosóficos nos quais estão presentes alguns desses conceitos e analisaram-se essas produções gestuais com o intuito de extrair resultados elucidativos.



Resumo Inglês:

Assuming that “philosophy finds its place in natural language” (DERRIDA, 1988, p. 36) and a linguistic-cultural view of deafness, the Philosophy classes with deaf students pose specific problems. The translation of philosophical concepts raises particular difficulties due to the characteristics of the two languages (vocal language and sign language). In addition, not all philosophical concepts have standard gesture in Portuguese sign language. Given the theoretical commitment and the legal enforcement (Portuguese law) of all the classes being in Portuguese sign language we tried to understand how does this language solve the problem of the absence of standard sign. In order to do so we asked a group of deaf teachers of Portuguese sign language to explain philosophical texts in which exist some of those concepts. Subsequently, we analised those productions in order to find enlightening results.



Resumo Espanhol:

Aceptando la perspectiva de que “la philosophie trouve son élément dans la langue dite naturelle” (DERRIDA, 1988, p 36), y una visión lingüístico-cultural de la sordera, el proceso de aprendizaje/enseñanza de la Filosofía, en alumnos sordos, coloca problemas específicos. La traducción de conceptos filosóficos en lengua de señas presenta dificultades particulares debido a las características de las dos lenguas en cuestión (lengua vocal – lengua de señas). Además de eso, no todos los conceptos filosóficos poseen una seña standard en lengua de señas portuguesa. Dada la obligatoriedad teórica y legal (de acuerdo con la legislación actual) de que las aulas de Filosofía sean en lengua de señas portuguesa, se intentó entender de qué modo la lengua de señas portuguesa resuelve el probema de la ausencia de seña. Se pidió a un grupo de docentes sordas/os de lengua de señas portuguesa que explicasen textos filosóficos en los cuales estuviesen presentes algunos de esos conceptos y se analizaron esas producciones gestuales.