Uma avaliação pode ser um importante instrumento para o exercício da democracia. Para que isso ocorra é preciso assegurar a qualidade da avaliação, bem como a utilização apropriada dos seus resultados (PATTON,1997). Desta forma, a construção de uma sociedade democrática, que busca a melhoria permanente dos seus processos sociais (FETTERMAN; WANDERSMAN, 2005), depende do aprimoramento contínuo da sua prática de avaliação, em suas variadas manifestações. No Brasil, há aproximadamente 3 anos, foi criada a Rede Brasileira de Avaliação. Uma rede que, em sua concepção teórica, não possui limites ou fronteiras de discussão. Contudo, existem aspectos culturais e históricos (envolvendo valores), que criam limites para as referidas discussões e estabelecem fronteiras entre as diferentes instâncias. Este trabalho apresenta alguns destes limites e fronteiras, refletindo sobre a forma como aqueles que encomendam e que conduzem avaliações vêm contornando os limites e ultrapassando fronteiras.
Evaluation may be a relevant tool for the practice of democracy. In order for it to occur, quality and proper utilization of its results must be assured (PATTON, 1997). Therefore, the consolidation of democratic principles in a society and the promotion of effective social interactions (FETTERMAN; WANDERSMAN, 2005) will benefit enormously from a greater and better use of evaluation in all possible formats. The Brazilian Evaluation Network was created approximately three years ago in a country with a recent history of democratic practice. Within a theoretical framework networks do not have boundaries or limits for debate. However, cultural and historical aspects create limits for the discussions and boundaries among its participants. This paper intends to shed light into some of these limits and boundaries, reflecting over how they are being overcome.