A Estratégia Nacional de Educação Financeira foi implantada em 2010, mas não resultou em melhora da situação financeira das famílias. Ao contrário, o consumo das famílias tem aumentado mais do que a renda, provocando mais endividamento e inadimplência (CAMPOS; HESS; SENA, 2018). Em nossas pesquisas sobre educação financeira, temos identificado duas vertentes, instrumental e crítica. A vertente instrumental trata o indivíduo como consumidor de produtos financeiros, enquanto a vertente crítica tem um viés social e humanístico. Apesar de termos defendido a vertente crítica, os resultados não parecem ser suficientes. Com isso, buscamos explorar outra vertente, a comportamental. Neste artigo, apresentamos conceitos básicos de economia e fazemos uma resenha de duas obras de Zygmunt Bauman, para depois explorarmos os conceitos de economia comportamental. Nosso objetivo é trazer essa vertente para o universo da educação financeira, contribuindo para que se possa entender melhor como trabalhar esse tema no âmbito da sala de aula.
National Strategy for Financial Education was implemented in 2010 but did not result in any improvement in the families' financial situation. On the contrary, household consumption has increased more than income, leading to more indebtedness and defaults (CAMPOS; HESS; SENA, 2018). In our research on financial education we have identified two streams, instrumental and critical. The instrumental stream treats the individual as consumer of financial products, while the critical has a social and humanistic bias. Although we have defended the critical stream, the results do not seem enough. Thus, we seek to explore another stream, the behavioral. In this article, we present basic economics concepts and review two of Zygmunt Bauman's works, and then explore the concepts of behavioral economics. Our goal is to bring this aspect to the financial education universe, helping to better understand how to work on this theme within the classroom.