No ensino das ciências da saúde, tem-se questionado a utilidade dos conhecimentos e sua aplicabilidade social. Novas concepções de ensino e aprendizagem estão sendo incorporadas no contexto escolar e na prática educativa. A valorização dos estudantes, na condição de sujeitos ativos na transformação das práticas de saúde por meio do compromisso social e de agentes (re)construtores dos próprios conhecimentos, é fundamental para a construção de uma sociedade justa. O presente artigo se apresenta como relato da experiência de um projeto de extensão intitulado “Ambiente: espaço de saúde e cidadania”, realizado por alunos e professores de uma instituição privada de Belo Horizonte/MG. A Metodologia da Problematização foi utilizada como estratégia de ensino, pois permite desenvolver temas a partir da observação da realidade social. O trabalho foi realizado em etapas: 1) Escolha de uma comunidade com impactos ambientais e/ou sociais; 2) Identificação de problemas e discussão entre os alunos e professores; 3) Escolha pelos alunos de um problema a ser investigado; 4) Identificação dos pontos-chave e busca de informações na literatura; 5) Elaboração de possíveis intervenções na comunidade visitada, a partir do diagnóstico ambiental; 6) Discussão sobre as intervenções propostas e escolha da intervenção mais adequada ao problema; 7) Retorno à comunidade e aplicação da intervenção com registro fotográfico; 8) Apresentação do trabalho realizado para a comunidade acadêmica por meio de exposição oral. O desenvolvimento do projeto foi uma ferramenta que proporcionou leitura detalhada da comunidade, construindo um entendimento das relações entre os moradores e as consequências de suas ações sobre o ambiente que ocupam. As intervenções realizadas visaram minimizar os efeitos das ações antrópicas nas comunidades com uma possível melhoria na saúde coletiva e ambiental.
Within health sciences education, it has been questioned the usefulness of knowledge and its social applicability. New teaching and learning concepts have been incorporated into the school context and into educational practices. The valuing of students, as active subjects for the transformation of health practices through social commitment and as (re) constructor agents of their knowledge, is essential to the development of a fair society. This article is an experience report of an extension project entitled “Environment: Health Area and Citizenship”, performed by students and teachers from a private institution in Belo Horizonte / MG. The questioning methodology was used as a teaching strategy because it allows developing themes from the observation of social reality. The work was carried out in steps: 1) Choosing a community with social or environmental impacts; 2) Identifying the problems, and discussion between students and teachers; 3) Elec! on of a problem to be investigated by the students; 4) Identifying the key issues, and literature searching for information; 5) Development of possible interventions in the visited community, from the environmental assessment; 6) Discussing the proposed interventions and choosing the most appropriate intervention to the problem; 7) Return to the community and implementation of intervention with photographic records; 8) Presentation of the accomplished work to the academic community through oral exposure. The project development was a tool that provided a detailed reading of the community, constructing some understanding of the relationship between its inhabitants and the consequences of their actions to the environment they occupy. Interventions aimed at minimizing the effects of human activities in communities with a possible improvement to the collective and environmental health.