O presente texto procura discutir relações entre cultura e forma social. Para tal percurso, buscamos abordar a seguinte questão: a cultura, como prática social - tomando a compreensão do marxista britânico Raymond Williams - pode ser configurada como um elemento anti-barbárie na periferia do capitalismo, conforme debate Schwarz (1999). A compreensão das relações sociais, aqui, se encontra angulada pela tonalidade destrutiva inerente à lógica capitalista, que caminha em direção a um estado de regressão acentuado sem precedentes. Trata-se de um sistema centrado na produção de mercadorias que contém a sua dissolução por meio da violência. É possível o cultivo das potencialidades humanas quando estamos amalgamados e movidos por algo – a valorização do valor – que é contraditória às tendências de emancipação?
The present text tries to discuss relations between culture and social form. To this end, we seek to address the following question: culture as a social practice - taking the understanding of the British Marxist Raymond Williams - can be configured as an anti-barbaric element on the periphery of capitalism, as discussed by Schwarz (1999). The understanding of social relations here is angulated by the destructive tonality inherent in capitalist logic, which is moving towards a state of unprecedented regression. It is a system centered on the production of goods containing its dissolution through violence. Is it possible to cultivate human potential when we are amalgamated and moved by something - the valorization of value - that is contradictory to the tendencies of emancipation?