O objetivo do artigo é analisar a ambiguidade entre o discurso político e a prática externa brasileira frente às colônias portuguesas no período entre o Tratado de Amizade e Consulta com Portugal, passando pela Política Externa Independente (PEI) e o Regime Militar (período total de 1953 a 1985). Metodologicamente, a pesquisa utiliza a abordagem quanti-qualitativa aplicando o método hipotético-dedutivo, ao passo que se classifica como descritivo-explicativa quanto aos objetivos. Em relação aos procedimentos, utilizou-se a revisão bibliográfica, a análise documental de fontes primárias, secundárias e de imprensa. Identifica-se, como questão geradora, que o apoio brasileiro ao colonialismo português estabeleceu um bloqueio inicial para consolidar sua política africana, que vai se formar progressivamente à medida em que a pauta africana aumenta na agenda política e comercial do Brasil na década de 1970.