Ingestão de lipídios e risco à saúde baseado em diferentes indicadores antropométricos em policias militares de Curitiba, Paraná

Revista Ciências em Saúde

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ISSN: 2236-3785
Editor Chefe: Melissa Andreia de Moraes Silva
Início Publicação: 01/01/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Fisioterapia e terapia ocupacional, Área de Estudo: Fonoaudiologia, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Nutrição, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva

Ingestão de lipídios e risco à saúde baseado em diferentes indicadores antropométricos em policias militares de Curitiba, Paraná

Ano: 2019 | Volume: 9 | Número: 4
Autores: H. B. Silva Caetano, C. Israel Caetano, J. F. López-Gil, F. Renato Cavichiolli, A. Caetano Paulo
Autor Correspondente: H. B. Silva Caetano | [email protected]

Palavras-chave: doenças cardiovasculares, doenças não transmissíveis, gorduras na dieta, obesidade, vigilância nutricional

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: verificar a relação entre a ingestão de lipídios e o risco à saúde com base em diferentes indicadores antropométricos numa amostra de policiais militares de Curitiba (Paraná). Métodos: a pesquisa foi constituída por 121 policiais militares (96 homens e 25 mulheres), pertencentes ao Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, atuantes na cidade de Curitiba. Para verificação da ingestão dos lipídios (totais e saturados) foi aplicado Questionário de Frequência Alimentar. Os dados antropométricos foram obtidos por intermédio de medições corporais, segundo o protocolo ISAK. Finalmente, regressão logística binária foi realizada para identificar o risco de doenças coronarianas e os percentuais na ingestão de lipídios. Resultados: o índice de massa corporal (IMC) registrou que 67,8% dos policiais estavam com excesso de peso. A relação cintura-estatura (RCEst) da amostra exibiu percentual de 43% com risco cardiovascular. Além disso, 66,9% dos policiais militares retratou consumo excessivo de lipídios totais, bem como 74,4% apresentou ingestão inadequada de lipídios saturados. Policiais militares com consumo de lipídios superior a 30% e que possuíam aumento da RCEst apresentaram mais que o dobro de chances de adquirir doença cardiovascular (OR = 2,28; IC 95% = 1,02 – 5,09). Conclusão: houve uma elevada prevalência de consumo inadequado de lipídios bem como de risco à saúde nos policiais estudados. Há necessidade de intervenção por intermédio de políticas públicas que conscientizem os policiais militares dos riscos associados ao consumo exagerado de lipídios.



Resumo Inglês:

Objective: To verify the relationship between lipid intake and health risk based on different anthropometric indicators in a sample of military police officers from Curitiba (Paraná). Methods: The study consisted of 121 military police officers (96 men and 25 women), belonging to the Community School Patrol Battalion, working in the city of Curitiba. To verify the intake of lipids (total and saturated), the Food Frequency Questionnaire was applied. Anthropometric data were obtained by body measurements according to the ISAK protocol. Finally, binary logistic regression was made between coronary heart disease risk and lipid intake. Results: The body mass index (BMI) indicated that 67.8% of the police were overweight. The waist-height ratio (WHtR) of the sample showed a 43% percentage with cardiovascular risk. Also, 66.9% of military police portrayed excessive consumption of total lipids, as well as 74.4% with inadequate saturated lipid intake. Military police officers with lipid consumption greater than 30% and who had increased WHtR were more than twice as likely to have a risk of cardiovascular disease (OR = 2.28; 95% CI = 1.02 - 5.09). Conclusion: there was a high prevalence of inadequate lipid consumption and health risk in the patients studied. Public policies that make military police aware of the risks associated with excessive lipid consumption are necessary.