No processo de ocupação e conquista de assentamentos da reforma agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) implanta inúmeras experiências educacionais em diferentes níveis e modalidades de ensino para atender o direito à educação e a necessidade de formação política e técnica das crianças e jovens. Este artigo traz uma reflexão sobre o significado da educação para e no trabalho na pedagogia do MST, em especial em um curso técnico em Agroecologia. Buscamos apreender o sentido do trabalho como princípio educativo efetivado pela escola, bem como identificar a imbricação entre a dimensão técnica e política no processo formativo. Trata-se de pesquisa empírica realizada na Escola Milton Santos, Paraná, por meio de observação e entrevistas semiestruturadas com dirigentes e educandos. Os resultados apontaram que os educandos formam-se por meio do trabalho real vivenciado na escola e nos assentamentos enquanto momentos complementares e voltados para a luta social.