Nise da Silveira: a vanguarda da resistência ao positivismo criminológico na invasiva política de controle da loucura no Brasil

Boletim IBCCRIM

Endereço:
Rua Onze de Agosto - Centro -
São Paulo / SP
01018-010
Site: https://publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/index
Telefone: (11) 3111-1040
ISSN: 2965-937X
Editor Chefe: Fernando Gardinali
Início Publicação: 01/01/1993
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Nise da Silveira: a vanguarda da resistência ao positivismo criminológico na invasiva política de controle da loucura no Brasil

Ano: 2019 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: Francisco de Assis de França Júnior
Autor Correspondente: Francisco de Assis de França Júnior | [email protected]

Palavras-chave: Positivismo criminológico, Loucura, Nise da Silveira, Terapia ocupacional.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nosso objetivo central é analisar criticamente a disseminação de procedimentos cirúrgicos de “normalização” em período de forte influência do positivismo criminológico no território brasileiro. Como métodos tão invasivos e irreversíveis puderam frutificar tão intensamente? É nesse contexto que, contrariando todas as expectativas, a psiquiatra alagoana Nise da Silveira, em seu âmbito de atuação, optou por alternativas bem diferentes, preferindo privilegiar o bem estar e a qualidade de vida daquelas pessoas encaradas como “anormais”, ocupando-as com atividades lúdicas, estimulando a autoestima, a criatividade e o diálogo aproximado com a realidade padronizada pela dinâmica social gerida por pessoas (ditas) normais.



Resumo Inglês:

Our main objective is to critically analyze the dissemination of surgical procedures of “normalization” in a period of strong influence of criminological positivism in the Brazilian territory. How could such invasive and irreversible methods come to fruition so intensely? It is in this context that, contrary to all expectations, Alagoas psychiatrist Nise da Silveira, in her scope of action, opted for very different alternatives, preferring to privilege the well-being and quality of life of those people considered as “abnormal”, occupying them. with playful activities, stimulating self-esteem, creativity and close dialogue with reality standardized by social dynamics managed by (so-called) normal people.