Sendo os neurônios-espelhos já apreciados em humanos, cientistas atribuem a tal desempenho a consideração de que observar o ato alheio em si transcende a compreensão da ocorrência do fenômeno em questão, estando em jogo a aplicabilidade intuitiva da ação, reação e recepção que prima pela capacidade de avaliações cognitivas mais sofisticadas. Existem estruturas no cérebro que necessitam de uma boa conexão com o sistema límbico para atingirem razoável assertividade nos reguladores da emoção, da moral e da empatia no comportamento social desde a infância. Quando a desarmonia de tais estruturas entra em cena, a condução normal da aprendizagem e a intervenção neuropsicopedagógica preventiva não sugere uma resposta exata. Contudo, por meio de testes de conservação, no desenvolvimento sociocognitivo da criança, chega-se a possibilidade de saber o que ela sente ao decidir imitar um ato considerado cruel. Nesse sentido, a obediência ao sistema de neurônios-espelho não é cega em crianças sem limitação cognitiva e desde que não haja lesão, a decisão de se imitar o outro requer senso crítico sobre as consequências de simplesmente se espelhar em seu semelhante.