O capitalismo do espetáculo e o process o de desintegração social: anomia e o mal-estar do sistema penal

Revista Brasileira de Ciências Criminais

Endereço:
Rua Onze de Agosto, 52 - 2º Andar - Centro - Centro
São Paulo / SP
01018-010
Site: http://www.ibccrim.org.br/
Telefone: (11) 3111-1040
ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

O capitalismo do espetáculo e o process o de desintegração social: anomia e o mal-estar do sistema penal

Ano: 2018 | Volume: 140 | Número: Especial
Autores: José Francisco Dias da Costa Lyra
Autor Correspondente: José Francisco Dias da Costa Lyra | [email protected]

Palavras-chave: Capitalismo do espetáculo – Anomia – Atuarismo criminológico – Criminologia do reconhecimento – Reificação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho analisa, sob o viés sociológico e da criminologia crítica, a tendência de se utilizar do sistema penal e sua tecnologia atuarial para enfrentar a conflituosidade decorrente da desintegração social, provocada, em grande parte, pela globalização financeira e seus processos anômicos. Ou seja, procura questionar o uso do Direito penal para compensar a fragilização das normas sociais e a falta de orientação do indivíduo moral (anomia), que, sob orientação político-criminal expressiva, coisifica as pessoas na busca de segurança. Forja-se uma prática reificante, que se especializa em negar o reconhecimento elementar às pessoas infratoras, focalizadas como meras fontes de risco.



Resumo Inglês:

This paper analyzes, under the sociological and critical criminology bias, the tendency to use the penal system and its actuarial technology to deal with the conflict arising from social disintegration, caused, in large part, by financial globalization and its anomic processes. That is, it tries to challenge the misuse of criminal law to compensate the weakening of social norms and the lack of guidance of the moral individual (anomie), who, under the influence of an expressive criminal policy, makes people want to seek safety. A reifying practice is forged, which specializes in denying elemental recognition to offenders, focused as mere sources of risk.