Provavelmente a maior polêmica da história da tradução no Brasil aconteceu nos meses de setembro e de outubro de 1994, quando o poeta e tradutor Bruno Tolentino criticou uma tradução de Augusto de Campos de "Praise for an Um", de Hart Crane, numa resenha intitulada "Crane anda para trás feito caranguejo", publicada na Folha de São Paulo, em 3 de setembro de 1994. A crítica de Tolentino foi uma das mais vituperativas já vistas no mundo, normalmente pacato, das letras brasileiras. Augusto de Campos é descrito como um "vaidoso prepotente", "um delirante autoritário", um "mata-mosquitos" cultural que "sucumbe a um subparnasianismo". Tolentino critica a recusa de Augusto de Campos a analisar os detalhes do texto, como "imperador". O seguinte trecho nos dá uma idéia do tom de Tolentino.