Estrutura e processos comunitários: suas influências nas trajetórias desenvolvimentais (Estado da arte)

Revista Brasileira de Ciências Criminais

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ISSN: 14155400
Editor Chefe: Dr. André Nicolitt
Início Publicação: 30/11/1992
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Estrutura e processos comunitários: suas influências nas trajetórias desenvolvimentais (Estado da arte)

Ano: 2020 | Volume: 166 | Número: Especial
Autores: Tiago Alexandre Lobo dos Santos
Autor Correspondente: Tiago Alexandre Lobo dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: Causas desenvolvimentais – Comunidades/ambientes comunitários – Trajetórias antissociais – Desvantagens socioeconômicas – Estudos longitudinais desenvolvimentais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo realiza uma revisão teórica da contribuição dos fatores comunitários para as trajetórias de desenvolvimento antissocial e criminal. Procura esclarecer e organizar o que diz o discurso científico sobre as relações entre comunidade e trajetórias comportamentais. Para isso, apresenta, analisa e discute, por um lado, as perspetivas teóricas e, por outro, os estudos empíricos mais relevantes encontrados na disciplina da Criminologia Desenvolvimental. Antes disso, faz uma breve passagem pelas fundações teóricas do tema que precedem historicamente esta subdisciplina da Criminologia – que vai beber deles – para uma mais abrangente compreensão teórica das origens e jogos conceituais e empíricos que se observam no presente. Saltaremos para este “estado da arte” com um tiro de partida que se formula pelas seguintes perguntas – a que se procura dar resposta ao longo do artigo: quais os fatores comunitários que impactuam nas trajetórias antissociais/percursos de vida e qual o seu peso? Que interações tecem com outros sistemas de causação? Em que períodos da vida dos indivíduos (timing) surtem as comunidades a sua influência? A magnitude do impacto comunitário varia consoante o estágio desenvolvimental ou idade?



Resumo Inglês:

This article establishes a state-of-the-art review about the contribution of the community factors in the study of developmental trajectories of antisocial and criminal behavior. It aims to clarify and organize what the scientific discourse says about the relationships between community and behavioral trajectories. With this purpose, divided in two directions it presents, analyzes and discusses the most relevant: (1) theoretical perspectives and (2) empirical studies that can be found within the subject of Developmental Criminology. Before that, a brief passage through the theoretical foundations of this theme – historically speaking, they precede Developmental Criminology (DC) but DC actualizes them – towards a wider theoretica comprehension of the origins and conceptual and empirical games at stake in the present. We will jump towards this review with a starting shot built upon the following questions – to be answered along the article: Which community factors have an impact on antisocial development/life paths and how much do they matter? What interactions do they have with other systems of influences? At what periods in individual’s lives (timing) do communities make an impact? Does the weight of its influence vary across developmental stages or age?