O artigo discute a influência que o intelectual espanhol Manuel García Morente (1886-1942) desempenhou na simbolização de um mito unificador da cultura hispânica de direita: a hispanidade. Após a conversão ao catolicismo em 1937, e no contexto da guerra civil espanhola, García Morente tratou de pensar a hispanidade tomando como fundamento o nacional-catolicismo e o providencialismo, sem prescindir de elementos retóricos presentes na ideologia fascista-falangista. Tais conteúdos foram instrumentalizados no plano ritualístico do franquismo auxiliando em sua legitimação simbólica.
: The article addresses the influence of the Spanish academic Manuel García Morente (1886-1942) in the symbolization of a unifying myth of the right-wing Spanish culture: the Spanish heritage. After converting to Catholicism, in 1937, and in the context of the Spanish Civil War, García Morente tried to think at the Hispanic Heritage on the grounds of the National Catholicism and Providencialism, without compromising the rhetorical elements in the fascist falangist ideology. These contents were instrumentalized in the francoist-ritualized plan, thus helping its symbolic legitimation.