Jogos de poder e profissionalização docente: discutindo as subjetividades do feminino na sala de aula

Revista Ibero-America de Estudos em Educação

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ISSN: 1982-5587
Editor Chefe: José Luís Bizelli
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Jogos de poder e profissionalização docente: discutindo as subjetividades do feminino na sala de aula

Ano: 2019 | Volume: 14 | Número: Especial
Autores: Welson B. Santos, Wender Faleiro, Higor Júnior de Oliveira
Autor Correspondente: Welson B. Santos | [email protected]

Palavras-chave: História da educação, Profissionalização docente, Gênero, Michel Foucault.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente texto discute as subjetividades do feminino na educação, refletindo a questão histórica a qual coloca a mulher como mais habilitada para a docência que os homens. O texto busca desconstruir o discurso naturalizador referente ao fazer docente, mediante o uso de referencial bibliográfico desde o período imperial brasileiro tendo as questões de gênero, de relações de poder e produção de verdades por via de discursos naturalizadores, como temas centrais discutidos sob a óptica de Michel Foucault. Percebe-se ao longo do texto que as salas de aula, atuais, são ocupadas por maioria de mulheres devido a fatores históricos, por questões de interesse e subjugação no terreno das relações, carregados de sentido sobre os gêneros feminino e as imposições que lhes foram feitas, também o masculino e a negação feita a eles, quando desqualificados para o trabalho docente de forma tão enfática, edificada e solidificada no correr da história. Fatos que perduram até hoje, como os baixos salários e precárias condições de trabalho, continuaram dando à educação o perfil de sacerdócio, amor e maternidade. Diferenças e ambiguidades historicamente postas e que hoje reconhecemos como desnecessárias; assim o presente texto provoca a desconstrução do fazer docente como prática naturalizada, em meio ao entendimento de diferentes discursos e práticas impostas historicamente, essas que acabaram seduzidas e reduzidas ao modelo de professoras ideais.



Resumo Inglês:

The present paper discusses the subjectivities of the feminine in education, reflecting the historical question which places women as more qualified for teaching than men. The text seeks to deconstruct the naturalizing discourse referring to the making of teachers, through the use of bibliographical reference since the Brazilian imperial period, having the issues of gender, power relations and production of truths through naturalizing discourses, as central themes discussed under the optics of Michel Foucault. Throughout the text it is noticed that the current classrooms are occupied by a majority of women due to historical factors, for reasons of interest and subjugation in the field of relations, loaded with meaning on the feminine genders and the impositions made, also the masculine and the denial made to them, when disqualified for teaching in a emphatically, constructed and solidified way in the course of history. Events that persist to this day, such as low wages and precarious working conditions, have continued to give education the profile of priesthood, love and motherhood. Differences and ambiguities historically posed and which today we recognize as unnecessary; so, the present text provokes the deconstruction of teaching as a naturalized practice, amid the understanding of different discourses and practices imposed historically, which have been seduced and reduced to the model of ideal teachers.



Resumo Espanhol:

El texto discute las subjetividades del femenino en la educación, reflexionando la cuestión histórica la cual pone la mujer como más habilitada para la docencia que los hombres. El texto busca desconstruir el discurso naturalizador referente al hacer docente, mediante el uso de referencial bibliográfico desde el período imperial brasileño teniendo las cuestiones de género, de relaciones de poder y producción de verdades por vía de discursos naturalizadores, como temas centrales discutidos bajo la óptica de Michel Foucault. Se percibe a lo largo del texto que las aulas, actuales, son ocupadas por mayoría de las relaciones, cargados de sentidos sobre los géneros femenino y las imposiciones que les han hecho, también el masculino y la negación hecha a ellos, cuando descalificados para el trabajo docente de forma tan enfática, edificada y solidificada a lo largo de la historia. Hechos que perduran hasta hoy, como bajos sueldos y pobres condiciones de trabajo, siguieron dando a la educación el perfil sacerdocio, amor y maternidad. Diferencias y ambigüedades históricamente puestas y que hoy reconocemos como desnecesarias; así el texto provoca la desconstrucción del hacer docente como práctica naturalizada, en medio al entendimiento de distintos discursos y prácticas impuestas históricamente, estas que acabaron seducidas y reducidas al modelo de profesoras ideales.