Talvez o fato de eu estar apresentando esse trabalho sobre a relação entre a filosofia e a tradução numa mesa dedicada à Tradução Literária1 gere espécie entre alguns dos participantes deste encontro. Talvez alguns tenham até se perguntado não só por que tratar de filosofia numa mesa dedicada à “Literatura”, mas também porque uma contribuição que verse sobre a “filosofia da tradução”. A resposta a estas hipotéticas questões esclarecem, na verdade, alguns pontos básicos tanto da visão de literatura — e consequentemente de filosofia — como também da concepção de tradução que procurarei defender aqui.