A educação no Brasil é um direito, entretanto garantir a permanência nos ambientes de formação e o êxito em seu sentido amplo é pensar não só nos impactos acadêmicos, mas também sociais. Para isso, deve-se considerar os diferentes perfis socioeconômicos, as necessidades de ordem social, pedagógica e cultural dos envolvidos. No contexto da educação profissional e tecnológica, garantir a educação, implica promover a democratização do acesso e condições objetivas para a permanência e o êxito dos estudantes. No Brasil, algumas dessas condições têm sido realizadas por meio da assistência estudantil. Para identificar os impactos gerados pela oferta da residência estudantil apresenta-se esta pesquisa realizada com 98 residentes e ex-residentes da residência estudantil localizada no Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília. Na condição de residente estudantil os alunos indicaram vantagens e desvantagens e posteriormente os impactos acadêmicos e sociais. Os impactos acadêmicos destacados foram: ser inserido no mundo da pesquisa através de projetos, trabalhos de disciplinas, eventos científicos ser monitor; participar de projetos de extensão e aprender a ter disciplina e organização com os estudos. Já os impactos sociais indicados foram: desenvolver habilidades sociais, como ser mais paciente, respeitar as diferenças culturas, religiosas e de gênero ter empatia; aprender a respeitar normas institucionais e vivenciar um intercâmbio cultural. Desta forma, a residência estudantil se mostrou, neste contexto, capaz de promover a garantia do direito à educação, além de fazer parte de uma rede de ações para a promoção da permanência e do êxito dos alunos do Campus Planaltina.